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CACHORROS(SAÚDE)

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   Chocolate é tóxico

Nunca dê chocolate ao seu cão


 
                                                                                 
Se você é o tipo de pessoa que adora compartilhar um pedacinho de chocolate com o seu amigo para lhe fazer um agradinho, você pode estar envenenando o seu cachorro.
 
A maioria dos donos não sabe que embora o chocolate seja inofensivo para nos, humanos, pros cães ele pode significar a morte.
 
A quantidade de chocolate que pode ser ingerida depende do tamanho do animal, mas cada individuo tem uma resistência diferente, por isso o melhor é afastar ao máximo o seu cão desse alimento. É mais seguro e saudável você comprar chocolates específicos para cachorros, feitos com ingredientes que não afetam sua saúde.
 
 
O componente tóxico que afeta o seu cão é chamado teobromina, é facilmente metabolizado pelo organismo humano. Os cães não conseguem eliminar teobromina rápido o suficiente e acabam intoxicados.
 
Permitir que seu cão coma uma pequena quantidade de chocolate pode faze-lo vomitar. Quantidades maiores podem causar tremores musculares, ataques cardíacos e hemorragias internas.
 
Apenas 25g de chocolate poe envenenar um cão de 20kg.
 
Como curiosidade, os diferentes tipos de chocolate tem nível diferente de teobrumina. Chocolate branco é o menos perigoso, enquanto os chocolates mais escuros são os piores. Na duvida, nunca, nunca de chocolate para o seu amigo. Existem muitas outras formas de agrada-lo sem correr riscos.                  Cães braquicefálicos

Cães braquicefálicos (sem focinho)


 
 
Cães com carinhas especiais e irresistíveis

A maioria das pessoas não está familiar com o termo “Braquicefálico”, mas se você tem um Buldogue FrancêsPug, Boston Terrier, Pequinês, Boxer, Buldogue Inglês, Shih Tzu, Dogue de Bordeaux ou qualquer outra raça com a cara “amassada”, você deve se tornar familiar com essa palavra. A palavra vem de origens gregas, “braqui” significando curto, e “cefálico” significando cabeça.

Cães braquicefálicos foram criados para possuírem um maxilar inferior normal, ou seja, que seja proporcional ao seu tamanho corporal, e um maxilar superior recuado. Ao produzir essa aparência cosmética, esses animais foram comprometidos de diversas maneiras importantes, e você, como um dono, precisa estar familiarizado com as necessidades especiais do seu cão.

Boston Terrier
 O sistema respiratório
 
Raças braquicefálicas são caracterizadas pela síndrome respiratória braquicefálica, que afeta as diferentes áreas do trato respiratório. Felizmente, a maior parte dos cães não sofre de todos os aspectos da síndrome, mas você deve ficar ciente sobre qual desses aspectos seu pet pode possuir.


 
Estenose das narinas

Esse é um nome chique para narinas estreitas. Os cães braquicefálicos começam tendo uma abertura nasal muito pequena para respirar. Se for um caso grave, a correção cirúrgica é possível.

Shih Tzu

Palato mole alongado

É difícil caber os tecidos moles da boca e garganta canina na cara curta dos cães braquicefálicos. Como resultado, o palato mole (que separa a passagem nasal da cavidade oral) fica pendurado solto até a garganta, criando sons de ronco.

Virtualmente, todos os cães braquicefálicos sofrem desse problema. Porém, exceto em Buldogues (inclusive os Buldogues Franceses), problemas respiratórios são raros. Latir em excesso ou ofegar podem causar inchaço da garganta, que, por sua vez, pode causar problemas.

Boxer

Hipoplasia traqueal

A traquéia do cão braquicefálico pode ser perigosamente estreita em alguns pontos. Essa condição resulta em um grande risco anestésico e deve ser descartada por radiografias peitorais antes de qualquer procedimento cirúrgico.


Estresse por calor
 
Por causa de todas essas obstruções respiratórias superiores, o cão braquicefálico é um ofegante ineficiente. Outras raças caninas, com caras e gargantas mais convencionais conseguem passar ar rapidamente pela língua ao ofegarem. A saliva evapora da língua enquanto o ar passa, e o sangue que circula através da língua é esfriado eficientemente e circulado para o resto do corpo.

Eles são os principais candidatos a sofrerem "ataques de calor". Como um todo, as vias respiratórias superiores de um cão braquicefálico compromete sua habilidade de inspirar ar. Em condições normais, isso não é tão grave a ponto de causar um problema; no entanto, um dono deve tomar cuidado a fim de não deixar o cão ficar muito acima do peso ou com muito calor nos climas mais quentes. Fique atento ao ronco do seu cão para saber quando este ronco ficar fora do normal. E caso seu cão precise de anestesia ou sedativo, seu veterinário pode precisar tomar precauções extras ou tirar radiografias antes de lidar com a gravidade da síndrome. O risco anestésico é maior do que o normal nessas raças. Na maioria das vezes essas precauções extras necessárias são administradas prontamente pela maioria dos hospitais de animais. A anestesia indicada para cães braquicefálicos (sem focinho) é a inalatória, por ser menos invasiva e mais suave.

Pug

Problemas oculares

Com a maior parte dos ossos nasais compactados, os cães braquicefálicos tendem a ter problemas com o modo em que seus olhos estão localizados.


Observando os olhos proeminentes desses cães, notamos que a órbita ocular é muito "rasa". Isso significa que qualquer batida na parte de trás da cabeça pode fazer com que um dos olhos saia de sua órbita e precise de recolocação cirúrgica. Isso também pode acontecer com muitos puxões da guia se o cãozinho estiver usando uma coleira. Por esta razão, uma coleira peitoral para seu pode ser interessante.

Às vezes, os olhos são tão proeminentes que as pálpebras não conseguem fechar completamente por cima dos olhos. Isso pode causar irritação e os centros dos olhos podem ficar secos se correção cirúrgica não for feita. Se você não conseguir perceber isso quando seu cão pisca, observe quando ele dormir. Cães que sempre dormem sem fechar os olhos inteiramente podem precisar de correção cirurgica. Consulte o veterinário.
 

Problemas de pálpebras são comuns nessas raças. Procure por umidade persistente em volta dos olhos. Em alguns cães, o formato das pálpebras prejudica o escoamento de lágrimas, que podem acumular. Esse problema não pode ser corrigido cirurgicamente e não é desconfortável. No entanto, existe um problema mais sério que parece com esse. Esse segundo problema é quando as pálpebras "enrolam para dentro" de modo que as pálpebras esfregam nos olhos, podendo provocar ulcerações. Esse problema pode precisar de cirurgia.

Irritação crônica aparece em forma de uma área pigmentada na superfície do olho, especialmente no lado perto do focinho. É difícil de ver sem uma luz forte, mas se for notado, deve-se procurar a causa. Dependendo do local da pigmentação, cirurgia pode ser recomendada.

Pequinês

Outras preocupações

Os cães em geral tem 42 dentes em suas bocas. O cão braquicefálico também tem 42 dentes, mas muito menos espaço para eles. Isso significa que os dentes vão ficar bem mais juntos e tendem a crescer em ângulos diferentes, que, por sua vez, prendem restos de comida e podem causar doenças periodontais bem mais cedo do que em outras raças não braquicefálicas. Quanto mais cedo você começar a usar produtos dentários em seu cão, mais tempo você estará evitando possíveis cirurgias dentárias.

Infecções na pele são comuns nas dobrinhas das faces dos cães de raças braquicefálicas. Não esqueça de examinar essas áreas periodicamente e procurar por vermelhidões. As largas cabeças dessas raças tornam a reprodução complicada, e por isso, cesárea é frequentemente utilizada. Trabalho de parto difícil é comum e assistência cirúrgica é frequentemente necessária. É importante não reproduzir fêmeas com hipoplasia traqueal. Aliás, é importante não reproduzir cães com doenças genéticas (hereditárias). Portanto, é melhor deixar a cruza para criadores experientes e responsáveis e o mais aconselhável é a castração precoce do seu cão.

Resumindo, as raças braquicefálicas são irresistíveis, com suas carinhas amassadas e expressões inconfundíveis, mas por causa de suas necessidades especiais, aqueles que possuem cães dessa raça devem se informar sobre o assunto. Se tiver alguma pergunta ou dúvida sobre seu cão braquicefálico, não hesite em entrar em contato com seu médico veterinário.
 
 
Buldogue Inglês

   Dermatite por lambedura

Dermatite por Lambedura


 
Também chamada de Dermatite Psicogênica, essa é uma doença que acomete cães e gatos. Consiste em lesões na pele que são provocadas pela lambedura constante do animal naquela região, causando feridas que são difíceis de tratar. 

Conforme os anos passam, a rotina das pessoas de maneira geral fica mais intensa e os animais domésticos acabam passando boa parte do tempo sozinhos e recebendo cada vez menos atenção. A chegada de uma criança nova em casa, um ambiente desconhecido ou a negligência dos donos desencadeiam a mesma sensação em alguns animais: tédio, estresse, depressão. 

Assim como nós, os cães também resolvem procurar o que fazer nesses momentos e acabam desenvolvendo a mania de lamber uma determinada parte do corpo, normalmente as patas. Ou seja, são lesões auto-induzidas - provocadas pelos próprios animais.


Por quê isso acontece?

"Na depressão canina e felina, a falta de neurotransmissores muitas vezes desencadeia um comportamento crônico, excessivo e estereotipado, que se exterioriza através da lambedura de partes mais distais do corpo.

A possível explicação para o desencadeamento deste tipo de comportamento deve-se ao fato de que em animais submetidos a estresse, supõe-se que ocorra um aumento dos níveis dos hormônios indutores dos melanócitos e adrenocorticotrópicos, levando a uma maior produção de endorfinas, gerando o comportamento anormal de lambedura, devido ao seu efeito narcótico. As lesões ocorrem mais frequentemente na porção dorsal de membros anteriores e posteriores, bem como, na região abdominal." - segundo o siteCenter Vet


Sintomas

a) Lambedura constante e excessiva em mesmo local (muitas vezes além de lamber o pêlo, o animal também o mastiga);
b) Falha no pelo em uma determinada região;
c) Formação de lesão que geralmente apresenta-se circular, devido à alta contaminação da boca dos animais.

Estas lesões podem agravar-se, resultando em infecções secundárias com pus. Outros sintomas também correlacionados são: o emagrecimento sem causa aparente, a irritabilidade e mudanças nos hábitos de higiene, no caso de gatos. Estes sintomas são correlacionados porque fazem parte do quadro de estresse e depressão, como foi visto anteriormente.


Atopia, dermatofitose, hipersensibilidade alimentar ou dermatite alérgica a picada de pulga são fatores que podem agravar a dermatite patogênica ou mesmo desencadeá-la. Entretanto, normalmente a causa principal é de fato a questão psicológica que provocam estresse ou depressão no animal, como deslocamente, chegada de um novo animal ou bebê em casa, mudança de móveis, viagem, perda de território, negligência, falta de exercício e atenção etc.


Tratamento

A primeira medida para que o tratamento seja bem-sucedido é a correção do fator desencadeante da doença. Não adianta tratar a pele do cão se o cenário continua o mesmo e ele continua estressado e deprimido. Porém muitas vezes é difícil encontrar a causa primária e para que isso aconteça é preciso que o dono do animal relate todos os detalhes da vida do animal para o veterinário no ato da consulta.

Segundamente, o distúrbio poderá ser tratado com ansiolíticos por no mínimo 30 dias. É importante reiterar que a Dermatite Patogênica, apesar de ser apresentada como uma doença do corpo, é na verdade uma doença mental, que precisa de tratamento psicológico. Normalmente o tratamento varia de 2 a 4 meses.

As lesões devem ser higienizadas com produtos anti-sépticos de 2 a 4 vezes ao dia e xampu terapêutico 1 ou 2 vezes por semana, dependendo da gravidade do quadro. Nos casos em que a contaminação das lesões for muito grave (dermatite úmida aguda), recomenda-se associar ao tratamento tópico, um antibiótico via oral.

É importante que durante o tratamento o animal seja mantido com colar cervical, para evitar recontaminação das lesões, pois durante a administração dos remédios ele ainda estará sob influência do distúrbio e continuará lambendo a região.


Como faço pro meu cão não ter novamente?

Como todos os distúrbios comportamentais, as dermatites psicogênicas tem difícil tratamento e podem se tornar recorrentes. Como a causa muitas vezes deve-se ao atual tipo de vida dos donos, não existe uma forma de prevenir se o animal irá desenvolver o distúrbio. O que se aconselha são passeios constantes, deixar sempre disponíveis brinquedos para que os animais se distraiam quando estiverem sozinhos, e dar o máximo de atenção possível a eles.
    Doença do Carrapato (Ehrlichiose)

Doença do Carrapato - Erlichiose


 

 Erlichiose é uma doença infecciosa severa que acomete os cães, causada por bactérias do gênero Ehrlichia, sendo a principal a Ehrlichia canis. Raramente atinge gatos ou seres humanos, embora não seja impossível.





Como meu cão pode pegar a doença?
A doença é transmitida de um cão contaminado para um cão sadio através do carrapato. O principal vetor é o carrapato marrom (Rhipicephalus sanguineus). O parasita irá infectar os glóbulos brancos do sangue, ou seja, as células de defesa do organismo.




Sintomas da Doença do Carrapato
Os sintomas apresentados por um animal infectado dependem da reação do organismo à infecção. A Erlichiose pode ter três fases:

1. Fase aguda: onde o animal doente pode transmitir a doença e ainda é possível que se encontre carrapatos.

Febre, falta de apetite, perda de peso e uma certa tristeza podem surgir entre uma e três semanas após a infecção. O cão pode apresentar também sangramento nasal, urinário, vômitos, manchas avermelhadas na pele e dificuldades respiratórias. É importante estar sempre atento à saúde do animal. Normalmente o dono só percebe a doença na segunda fase, e assim como outras doenças, o diagnóstico precoce é fundamental para a recuperação.

2. Fase subclínica: pode durar de 6 a 10 semanas (sendo que alguns animais podem nela permanecer por um período maior)
O cachorro não mostra nenhum sintoma clínico, apenas alterações nos exames de sangue. Somente em alguns casos o cão pode apresentar sintomas como inchaço nas patas, perda de apetite, mucosas pálidas, sangramentos, cegueira, etc. Caso o sistema imune do animal não seja capaz de eliminar a bactéria, o animal poderá desenvolver a fase crônica da doença.

3. Fase crônica: 
Os sintomas são percebidos mais facilmente como perda de peso, abdômen sensível e dolorido, aumento do baço, do fígado e dos linfonodos, depressão, pequenas hemorragias, edemas nos membros e maior facilidade em adquirir outras infecções. A doença começa a assumir características de uma doença auto-imune, comprometendo o sistema imunológico. Geralmente o animal apresenta os mesmos sinais da fase aguda, porém atenuados, e com a presença de infecções secundárias tais como pneumonias, diarreias, problemas de pele etc. O animal pode também apresentar sangramentos crônicos devido ao baixo número de plaquetas (células responsáveis pela coagulação do sangue), ou cansaço e apatia devidos à anemia. 


Como sei que meu cão está com Erlichiose?
O diagnóstico é difícil no início da infecção pois os sintomas são semelhantes a várias outras doenças. A presença do carrapato é relevante para a confirmação da suspeita durante a avaliação clínica. O diagnóstico pode ser feito através da visualização da bactéria em um esfregaço de sangue (exame que pode ser realizado na clínica veterinária) ou através de testes sorológicos mais sofisticados, realizados em laboratórios especializados. Quanto mais cedo for diagnosticada a doença, maiores são as chances de recuperação e cura.


Tratamento e cura
A Erlichiose é tratável em qualquer fase. O tratamento é feito à base de medicamentos, sobretudo os aintibióticos (em especial a DOXICILINA). Por vezes é necessária a complementação do tratamento com soro ou transfusão de sangue, dependendo do estado do animal.

O tratamento pode durar de 21 dias (se iniciado na fase aguda) a 8 semanas (se iniciado na fase crônica). Vai depender da precocidade do diagnóstico, do quadro dos sintomas e a fase em que o animal se encontra no início do tratamento.

Quanto mais cedo se começa o tratamento, são maiores as chances de cura. Em cães nas fases iniciais da doença, observa-se melhora do quadro clínico após 24 a 48 horas do início do tratamento. 


Como prevenir meu cão de ter a Doença do Carrapato?
Alguns hábitos podem ser adotados para prevenir a Erlichiose:
- Verificar a presença de carrapato no cão com frequencia;
- Desinfetar o ambiente onde o animal vive periodicamente;
- Usar produtos veterinários carrapaticidas como sabonetes, xampus etc;
- Manter a grama do jardim sempre curta;
- Estar atento aos hotéis para cães, pois se há algum cão infectado, ele poderá transmitir a doença através de outro carrapato do local.

Há vários produtos contra carrapatos. Os mais vendidos são o Frontline e o Scalibor. Frontline também protege de pulgas e Scalibor frente à leishmaniosis. A proteção mais completa oferece a combinação Scalibor com Frontline.

Lugares preferidos dos carrapatos:
- Região das orelhas;
- Entre os dedos das patas;
- Próximo aos olhos, nuca e pescoço. 


Encontrei um carrapato no meu cachorro. Como devo retirar?
Arrancar o carrapato não é recomendado. Pode acontecer de tirarmos só uma parte do corpo e o resto fica ainda aderido ao cão, podendo provocar infecções. O ideal é aplicar umas gotas de vaselina ou parafina ao redor, esfregá-lo um momento até que amacie um pouco a pele e depois tentar retirá-lo suavemente. Depois, coloca-se o carrapato no álcool para que morram e não escapem os ovos. Lave as mãos depois de manipulá-los.

Existem também as pinças de carrapatos, que servem para extrair o parasita por inteiro. Encontram-se à venda em lojas especializadas de produtos veterinários. 



Fique sempre atento ao seu cãozinho para que ele continue saudável!
 Obesidade canina

Obesidade


 
Cuidado: você pode estar prejudicando a saúde do seu amigo
 
Os numerosos séculos de domesticação deram ao cão o privilégio de ser o mais cuidado dos animais domesticados pelo homem. Isto significa que pode desfrutar de bons pratos de comida, mas também compartilhar os nossos maus hábitos e as vicissitudes da civilização. Ou seja, assim como os seres humanos, os cachorros também vem sofrendo com a obesidade. Mas diferente de nós, eles comem o que lhes é servido, o que significa que os responsáveis pela obesidade canina são os próprios humanos.
 
A imagem de um cachorro gordo como sinônimo de animal cheio de vida pertence ao passado; é necessário conhecer as consequências nocivas derivadas de um estado de excessiva gordura para não deixar que se produza, e menos ainda favorecer a obesidade, muitas vezes reflexo de um carinho mal entendido para com um animal de estimação. Muitos acham que um animal gordo é sinônimo de fofura. Outros enchem-nos de comida porque acham que comida é amor e que eles devem satisfazer todas as vontades do cão ou do gato. Mas esses hábitos não só diminui a qualidade de vida do animal, como está encurtando o tempo que ele ficará ao lado do dono, ou seja, sua vida será mais curta por conta de todos os problemas de saúde que a obesidade traz consigo.
 
30% dos cães sofrem desse problema
 
Aproximadamente um terço dos cães de estimação sofrem deste problema, que afeta mais as fêmeas que os machos e, segundo alguns, certas raças mais do que as outras. Os cachorros castrados também tendem a engordar mais que outros, por isso é muito importante que esses animais tenham a alimentação ainda mais vigiada.

A obesidade de um cão 
normalmente é culpa do dono.

Como saber se o meu cachorro está obeso?
 
A obesidade é mais "um acúmulo excessivo de gorduras do corpo" do que "excesso de peso", pois este excesso pode-se verificar também por uma retenção de água ou devido a uma importante massa muscular. No entanto, a avaliação da gordura é relativamente subjetiva, deve-se levar em conta para esta análise o indivíduo, a raça ou a morfologia. A obesidade traduz-se fisicamente por uma certa deformação, devida aos depósitos de gorduras generalizadas ou localizadas em certas partes do corpo.
 
Para o diagnóstico, o veterinário fundamenta-se na apalpação do tecido adiposo que cobre o tórax: em estado normal, as costelas do cão são apenas discerníveis ao olhar, mais fáceis de apalpar. O zootécnico dispõe, para este tema, no seu arsenal de fórmulas, de uma equação de relação entre peso de um cão e seu perímetro torácico; ainda que de forma aproximada, esta fórmula (P=80 c³, onde P representa o peso em quilogramas e c o perímetro torácico, em metros) permite ter uma aproximação do grau de desvio relativamente a uma proporção normal. Finalmente, pode-se recorrer a tabelas de medidas editadas pelos clubes, porque, de uma raça para outra, para uma mesma altura e cernelha, os pesos variam muito.
 
 
Meu cão está obeso. O que devo fazer?
 
O olhar do cinófilo, do veterinário que o trata, a balança e as suas próprias impressões estão de acordo: o seu cão está obeso. Como se chegou a isso? De longe, em relação a todas as outras, a primeira causa da obesidade é a superalimentação. É realmente necessário constatar que os cães obesos devem o seu peso excessivo, em gordura corporal, a uma ração muito energética. Sem contar aqueles donos que tratam os cães cheios de guloseimas, como queijos (que são muito gordurosos), pão, frios e até chocolate, que é tóxico e pode matar.
 
Os dietistas falam de balanço positivo de energia. Para uma alimentação equilibrada, este balanço deve ser nulo, ou seja, os acréscimos alimentares devem compensar exatamente os gastos enérgicos devidos à atividade física (esporte, caça, guarda, etc) ou às necessidades fisiológicas (crescimento, gestação, lactação, luta contra o frio, etc). Se os acréscimos forem maiores do que as necessidades, mesmo durante um curto período da sua vida, o cão engordará. É o mesmo que acontece com os seres humanos.Se você come mais do que gasta, você engorda. Se gasta o que come, mantém o peso. E se gasta mais, emagrece. Basta levar isso em consideração quando for pensar no cachorro.
 
Se o seu cão sofre de excesso de gordura, é necessário rever a sua alimentação, e assegurar-se de que os quilos supérfluos não se devem a outros desajustes.
 
Compare a estrutura desses Pugs.

Talvez não seja porque seu cão come muito.
 
A origem da obesidade nem sempre é a superalimentação. Estima-se que 25% dos cães obesos sofram de hipotiroidismo. Por outro lado, conhece-se a tendência dos animais castrados para ganharem peso (as estatísticas mostram que esta tendência aumenta nas fêmeas) mas parece que a esterilização induz à obesidade apenas pelas razões psíquicas que dela resultam, pois as injeções de hormônios sexuais nos animais castrados não corrigem o peso adquirido.
 
Ao contrário, as glândulas supra-renais produzem muito cortisol, que desenvolve asíndrome de Cushing, caracterizada por um abdomem dilatado, queda do pêlo e músculos fofos. Um animal que apresente estes sintomas bebe e urina muito e dificilmente se satisfaz.

Finalmente, convém mencionar a raríssima lesão do hipotálamo (um tumor por exemplo), centro da saciedade. Uma perturbação no seu funcionamento pode ser responsável por uma fome imoderada.
 
Menos convencional e mais frequente, o excesso de consumo alimentar de origem psicológica entra no que se chama obesidade do stress. Um cão com boa saúde pode tornar-se bulímico em resposta ao stress ou a um choque psico-afetivo. Certos casos de obesidade observam-se igualmente nos cães "vítimas" de um exagerado carinho por parte do dono, que se traduz em guloseimas. É certo que, seja qual for o motivo da consulta, o veterinário deve levar em conta sempre o meio que o rodeia, psicológica e afetivamente.
 
 
Consequências da obesidade
 
Risco aumentado em cirurgias – Necessidade de uma maior dose de anestesia e menor visibilidade dos órgãos envolvidos em massa gorda;
 
Maior pressão sobre o coração, pulmões, rim e articulações – Quase todos os órgãos do cão têm de aumentar o seu ritmo de atividade para manter o maior volume de massa do animal.
 
Agravamento de doenças articulares, como a artrite – O aumento de peso faz com que o cão tenha de forçar mais as articulações para se poder movimentar. A artrite, que provoca dores intensas, pode-se desenvolver devido ao aumento da pressão sobre joelhos, anca e cotovelos. Esta condição é ainda mais preocupante nas raças de porte grande que são já predispostas a desenvolver displasias.
 
Desenvolvimento de problemas respiratórios em tempo quente e durante exercício – Num cão obeso os pulmões têm menos espaço para se encherem de ar e têm em contrapartida de aumentar a sua capacidade de captação de oxigênio para fornecer ar ao maior número de células no corpo.
 
Desenvolvimento de diabetes – Doença sem cura que pode obrigar a injeções diárias e pode levar à cegueira. A incapacidade de produção de insulina para processar os níveis aumentados de açúcar está por detrás do desenvolvimento de diabetes.
 
Aumento da pressão sanguínea que pode originar problemas cardíacos – O coração é um órgão bastante afetado pela obesidade. O coração tem de aumentar a sua capacidade de distribuição de sangue a muitos mais sítios que se foram criando com a acumulação de massa. Como o sangue tem de percorrer um caminhos mais longos, a força ou pressão com que é bombeado tem de aumentar.
 
Aumento da probabilidade de desenvolver tumores – Estudos recentes associam o desenvolvimento de cancro, sobretudo mamário ou no sistema urinário, com a obesidade.
Perda de eficácia do sistema imunológico – As doenças virais parecem afetar de forma mais agressiva os cães com excesso de peso.
 
Problemas gastrointestinais – Diarreia e o aumento da flatulência ocorrem mais frequentemente em cães obesos, situação que não é agradável nem para o cão e nem para o dono.


Dez dicas para combater a obesidade
 
Algumas recomendações simples a este respeito, suficientes para corrigir ou para evitar o excesso de peso, sempre oportuno para outras complicações:
 
1. Convencer-se do estado de obesidade do seu cão e observar tudo o que o animal come durante o dia.
 
2. Reduzir 20 a 40 % o valor energético da sua ração (sem diminuir o volume, pois os nutricionistas demonstraram que o cão acostumado a um certo volume de alimentos, tende a mantê-lo, mesmo que a alimentação seja menos energética).
 
3. Fracionar a ração ao longo do dia (é melhor dar-lhe várias rações pequenas ao longo do dia)
 
4. Utilizar os alimentos preparados do comércio cuja garantia nutricional é conhecida, ou, melhor ainda, os alimentos dietéticos, vendidos pelos veterinários, especiais para vencer a obesidade. Uma ração especial para cães obesos é fundamental.
 
5. Dispensar as guloseimas, muitas vezes responsáveis pelas linhas deselegantes: o biscoito pela manhã, o pedacinho de queijo ao meio-dia, a pequena guloseima da noite diante da televisão.
 
6. Fazer com que beba tanta água quanto seja possível.
 
7. Impor-lhe um exercício físico regular.
 
8. Estabelecer um programa preciso de emagrecimento junto com o veterinário que o trata.
 
9. Comprovar regularmente os progressos obtidos com a ajuda de uma balança e apontar os resultados num diagrama.
 
10. Uma vez que se encontre em forma, manter um regime de conservação para evitar a recaída (este regime será inferior 10% ao que o cão comia antes de ficar obeso).
 
O senso comum dos humanos indica que a solução é comer menos. Muitas pessoas dizem que se sentem bem como são e tanto pior se têm uns quilos a mais!
 
Os nossos cães não conhecem estes estados de ânimo próprios dos donos e portanto devemos evitar-lhe os inconvenientes de uma superalimentação. O único prazer que encontram em comer demais é semelhante ao que podemos encontrar quando nos chateamos. Em casos extremos, a última solução é a hospitalização sob vigilância do veterinário. Ainda não existem casas de saúde para cães.
 
 
Dieta para cães obesos
 
Outras recomendações na luta contra o excesso de peso: pequenas rações ao longo do dia com redução do seu valor energético. Cuidado! Se não toma adequadamente esta medida, existe o perigo de provocar carência. Assim é melhor usar alimentos preparados, que oferecem todas as garantias nutritivas.

Algumas raças com tendência a engordar:

Basset Hound
Beagle
Bichon Frisé
Cairn Terrier e outros terriers de porte pequeno
Caniche Toy
Cocker Spaniel Inglês e Americano
Dachshund
Dálmata
Dogue Alemão
Springer Spaniel Inglês e Galês
Golden Retriever
Labrador Retriever
Mastiff
Pug
S. Bernardo
Schnauzer Miniatura
Shih Tzu
Weimaraner